Questões sobre René Descartes com Gabarito


01) O ato de duvidar de tudo aquilo que não se pode ter certeza absoluta é muito frequente na filosofia e é conhecido como ceticismo. Uma pessoa cética é, portanto, uma pessoa que duvida de tudo aquilo que não se pode ter certeza. O ceticismo absoluto é uma corrente filosófica radical em relação ao conhecimento. Qual é a posição dessa corrente?

a) O ceticismo absoluto defende que a verdade é sempre possível de se alcançar.
b) A corrente filosófica do ceticismo absoluto defende a existência de várias verdades.
c) O ceticismo absoluto defende que não é possível conhecer a verdade.
d) O ceticismo absoluto é uma corrente que defende o conhecimento e através dele a verdade.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

02) É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é:

a) A possibilidade do mundo externo.
b) A possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) A clareza e distinção.
d) A certeza dos juízos matemáticos.
e) A ideia de que corpo e alma são entidades distintas.

03) Leia o seguinte texto de Descartes:
[...] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada há no "penso, logo existo" que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 57). Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, é correto afirmar:

a) Para Descartes, a proposição "penso, logo existo" não pode ser considerada como uma proposição indubitavelmente verdadeira.
b) Embora seja verdadeira, a proposição "penso, logo existo" é uma tautologia inútil no contexto da filosofia cartesiana.
c) Tomando como base a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que o que é necessário para que uma proposição qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo que possa ser concebido clara e distintamente.
d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não é possível se ter certeza sobre a verdade de qualquer proposição.
e) Tomando como exemplo a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que uma proposição qualquer só pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na experiência.

04) (UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a ideia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)

Com base no texto, é correto afirmar:

a)   O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.
b) A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.

05) (Fepese – SC– 2012) René Descartes tornou-se famoso pela frase “Cogito, ergo sum” (penso logo existo), pilar fundamental da filosofia:

a) Racionalista. 
b) Fenomenológica. 
c) Teocêntrica. 
d) Empirista. 
e) Liberal.

06) O processo de questionamento sobre tudo o que René Descartes pensava até então ser verdadeiro pode ser chamado de:

a) Plano cartesiano. 
b) Teoria das ideias. 
c) Dúvida metódica
d) Exercício hiperbólico
e) Nenhuma das alternativas acima

07) É a postulação de que o ato de sonhar providencia evidência preliminar de que os sentidos através dos quais confiamos para distinguir realidade de ilusão não devem ser plenamente confiáveis, e como tal, qualquer estado que dependa dos sentidos devem ser, no mínimo, cuidadosamente examinados e testados com rigor para determinar se algo é de fato real. A este argumento de Descartes, damos o nome de argumento do:

a) Erro dos sentidos. 
b) Gênio maligno. 
c) Deus enganador. 
d) Sonho. 
e) Duvidar

08) Descartes desenvolve o argumento que supõe a existência de uma divindade que tudo pode e por quem foi tudo foi criado. Esse deus poderia nos enganar, fazendo-nos acreditar em uma realidade diferente da verdade. A este argumento damos o nome de:

a) Argumento do erro dos sentidos
b) Argumento do gênio maligno
c) Argumento do deus enganador
d) Argumento da racionalidade
e) Argumento da dúvida empírica

09) Ideias provenientes da nossa imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas na memória cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos:

a) Adventícias. 
b) Fictícias. 
c) Inatas. 
d) Falsas. 
e) Duvidosas.

10) As ideias que nos chegam através dos sentidos e da experiência, Descartes denomina:


a) Fictícias. 
b) Inatas.
c) Adventícias
d) Verdadeiras.
 e) Falsas.
Tiago Lacerda

Professor no Departamento de Ciências Humanas e Sociais - UTFPR - Campus de Londrina. Professor do Quadro Próprio de Magistério da SEED-PR. Mestre e doutor em Filosofia pela PUCPR.

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