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Mostrando postagens de setembro, 2009

O Poço esquecido (poema de Tiago Eurico de Lacerda)

O poço esquecido Por Tiago Eurico de Lacerda Encontrei um lugar muito bom para pensar. Aqui há um açude de cimento sem água, um tanque antigo. Nele só há folhas secas das árvores que o ladeia. E é em sua sombra que me refugio do sol. Olho para um lado, campo. Olho para o outro, serras. Bem longe avisto os prédios do centro da cidade. Aqui o vento traz paz, faz música Tocando os galhos e suas folhas secas no fundo do tanque. Enfim me encontro só, ou melhor, eu e o poço, Mas sei que nós dois não estamos abandonados. Ele me faz lembrar, pensar, rezar. E eu quase me esqueço, era eu o poço e o vento. Aprendi que opaco pode brilhar, E o que hoje brilha, amanhã já não será. Nesse tanque profundo e largo já houve esperança, Que com suas águas se esgotaram, E por seu estado, nada e ninguém o ajudou. Hoje é um tanque qualquer, Em lugar nenhum e sem provisão. No passado foi a fonte da abundância, Do doar-se, do servir. Ele fez sua história, escreveu suas páginas,